Sobre Mim
Não sou médica, bióloga, nutricionista ou fisiologista. Não sou técnica de exercício físico, investigadora na área da ciência ou cientista. Sou licenciada em comunicação social e actriz com formação. Mas mais do que isso, sou apaixonada por tudo o que está relacionado com saúde.
Se tivesse que identificar onde e como nasceu este interesse, diria que foi na infância com o exemplo dos meus pais, ambos extraordinários à sua maneira. A minha mãe já fazia treino de força numa época em que isso não era comum; frequentemente faziam jejum ao domingo, uma prática que é agora muito falada pelos seus benefícios de saúde e longevidade; e o meu pai já lia sobre suplementação e tinha uma prateleira inteira de suplementos na cozinha
Não havia cereais açucarados ou fritos lá em casa e a minha escola tinha indicações para que eu não comesse alimentos processados com conservantes. As minhas festas de anos não deviam fazer muito furor junto das outras crianças, mas a minha foi uma infância extremamente feliz. Nunca me senti privada de nada ou ostracizada pelos meus pares. Senti-me sim diferente, e até especial, de certa forma. E hoje agradeço imenso aos meus pais as escolhas que fizeram, que não só tenho a certeza que tiveram impacto na minha saúde, como me marcaram profundamente e determinaram as minhas próprias escolhas em idade adulta.
Um quarto de século depois, sou defensora de uma alimentação à base de alimentos não processados, de treino, de suplementação, de sono reparador e de várias outras práticas como o jejum ou a terapia de frio e quente, fruto de leituras exaustivas que tenho feito de livros e artigos científicos, de centenas de horas de podcasts que tenho ouvido, mas também de experiências que tenho feito ao longo do tempo. Acredito que tudo deve ser personalizado e que não há ninguém que conheça melhor o nosso corpo do que nós próprios. Só temos que aprender a ouvi-lo.
Cuidar de nós próprios é um acto de generosidade e não de egoísmo. Não concordo com a afirmação recorrente de que "morrer vamos todos" para justificar comportamentos pouco saudáveis. O objectivo não é fugir à única certeza que temos e sim garantir que o tempo vivido seja de qualidade. Não se trata somente de prolongar o tempo de vida, mas sim melhorar a qualidade desse tempo. Isso significa adquirir hábitos de que aprendemos a gostar pela sensação de bem-estar que nos proporcionam.
Vivo segundo a regra dos 90/10: 90% do tempo mantenho todos os meus hábitos saudáveis e 10% do tempo permito-me quebrar as regras, principalmente no que diz respeito à alimentação. Quem me conhece sabe que adoro comer e não como pouco. Adoro croissants, pizzas artesanais e gelados, mas não seria mais feliz se comesse estes alimentos diariamente. O facto de só os consumir esporadicamente torna-os muito mais especiais e apreciados.
Recentemente, comecei a pensar numa forma de dar uma outra dimensão de utilidade ao meu conhecimento, para que outros pudessem beneficiar dele. Acontecia frequentemente em conversas com amigos e conhecidos receber perguntas sobre temas relacionados com saúde e lançar-me sempre com enorme prazer e entusiasmo na conversa. E foi assim que nasceu a ideia de tirar um curso de health coaching e poder assim fazer acompanhamento nesta área, que acredito ser o futuro.